A sexualidade e o cancro ...

Oi meninas , hoje publico aqui um texto sobre a sexualidade e o cancro , acho que é importante , para todos nós , porque é muito bonito amar e ser amado , ...
Claro que não somos todos iguais , e cada pessoa reage de forma diferente , mas fica aqui algumas dicas sobre o assunto .
Um beijinho enorme para todas e uma optima semana , divirtam se e amem ,..amem muito.
Anixinha

Câncer e Sexualidade
Sexualidade é um assunto muito pessoal, que comporta entendimentos diferentes. É muito difícil defini-la porque as atitudes e o comportamento sexual variam muito de pessoa para pessoa segundo as circunstâncias.
Ao ler essas infomações, lembre-se que você é único e que se comparar a outras pessoas, em termos de sexualidade, não faz sentido, sequer vai aplacar seus desejos, vontades ou necessidades.
Sua sexualidade não é estática! Você é livre para mudar seus conceitos, escolher alternativas e descobrir outras possibilidades, (re) construindo sua auto-estima sexual e sentindo-se melhor em relação a quem você é.
Falar sobre suas necessidades sexuais durante seu tratamento oncológico pode ser decisivo para sua vida sexual e seus relacionamentos. Mesmo se as mudanças são apenas temporárias, para que você entenda o que está acontecendo com você e seu corpo, você precisa perguntar a seu médico tudo o gostaria de saber.
Geralmente lidamos de forma confidencial sobre nossa vida sexual, por isso pode ser que você ache embaraçoso falar sobre sexo com seu médico. Mas não se esqueça que para ele é muito normal tratar esses assuntos com os pacientes.
A sexualidade é uma parte importante da vida e falar sobre os problemas que você está enfrentando, decorrentes ou não do tratamento, além de extremamente importante pode ser muito reconfortante.
Como o câncer e seu tratamento podem afetar a sua vida sexual?É muito difícil predizer como o câncer e seu tratamento vão lhe afetar. Com a maioria dos pacientes acontecem mudanças que requerem adaptação e desenvolvimento de novas maneiras de dar e receber prazer sexual.
O câncer, definitivamente, não significa a destruição de sua sexualidade. Falar abertamente sobre o assunto com seu médico e seu (sua) parceiro (a) fará com que você possa ter uma vida sexual plena.O câncer pode afetar sua vida sexual em quatro aspectos basicamente:
Habilidade física para dar e receber prazer sexual
A forma como você imagina e vê seu corpo
Aparecimento de sentimentos como medo, tristeza, raiva e angústia
A forma como conduz e também como passará a conduzir seu relacionamento.
As ligações entre esses quatro aspectos são muito importantes. Quando alguém adoece, isso pode afetar sua habilidade em dar e receber prazer sexual. Se isso acontecer com você ou com seu parceiro, é importante que você se lembre que algumas mudanças serão apenas temporárias.
Muitos pacientes dizem que se sentem completamente sem energia; isso pode ser provocado pela própria doença ou pelo tratamento em si.
Em situações como essa você pode perder completamente a vontade de se relacionar sexualmente durante e após o tratamento do câncer. É normal nos relacionamentos que um dos parceiros tenha mais interesse em sexo que o outro, e o câncer pode aumentar essa discrepância.
Sentimentos Seus sentimentos podem exercer uma grande influência sobre sua sexualidade e seu comportamento sexual. Se você estiver depressivo, ansioso ou receoso por causa do câncer, de seu tratamento, ou de seu relacionamento afetivo, provavelmente sua libido ficará comprometida.Pacientes que sofrem mudanças no corpo em decorrência do tratamento freqüentemente descrevem o medo de rejeição. Outros dizem que se sentem culpados por estarem insatisfeitos com a vida sexual, uma vez que acham que já deveriam se dar por satisfeitos pelo facto de estarem vivos e recuperando a saúde.
Dicas para liberar os sentimentos
A auto-estima sexual está diretamente relacionada ao bem-estar. Se você se sente inseguro em conseqüência do câncer, pode também perder a autoconfiança sexual. Falar sobre seus problemas pode ajudá-lo a enfrentar esses sentimentos tão difíceis. Para compartilhar esse sentimento de insegurança, você precisa escolher alguém, talvez um membro da família ou um amigo muito próximo, que o escute e não o julgue. Se você tiver sentimentos difíceis de confessar, pode optar por falar com seu médico ou com outros profissionais da saúde, como um terapeuta, por exemplo.Algumas pessoas podem ver o contato sexual como uma forma de extravasar as emoções e arrefecer sentimentos ruins como a raiva, por exemplo. O contato sexual pode também distrair as pessoas dos sentimentos que as estão incomodando. Compartilhe seus sentimentos com seu parceiro.
Muitos casais passam a ser mais abertos e honestos entre si após vivenciarem momentos de adversidade como esse.
Sexualidade saudável
Todos os problemas sexuais que as pessoas têm em decorrência do câncer ou de seu tratamento são variáveis e podem ser temporários, como, por exemplo, a sensação de perda do controle e a vulnerabilidade que se sente em relação ao corpo.
Lembre-se que o câncer não significa o fim da sua vida sexual, independentemente de você ser heterossexual, homossexual, bissexual ou transexual, ou de ter ou não um relacionamento afetivo.
O acesso à informação é essencial para um relacionamento sexual saudável. Descubra as conseqüências dos efeitos colaterais e prepare-se antecipadamente para as mudanças.
Estar aberto às mudanças é uma forma de incentivar a saúde sexual. Talvez você tenha de ser mais aberto e flexível em seu relacionamento. Pode ser, por exemplo, que suas posições sexuais favoritas não sejam mais tão confortáveis, ou que você tenha que descobrir novas formas de prazer além do coito, caso a penetração seja impossível para você.
Reconhecer e respeitar as necessidades e limitações, suas e de seu parceiro, é essencial para a sexualidade saudável do casal nessa fase.
Lembre-se que não é somente a pessoa que tem câncer que será afetada pela doença e pelas conseqüências de seu manejo: é difícil para o parceiro ver e acompanhar alguém que ama ser submetido aos duros tratamentos contra o câncer.Às vezes, é o parceiro do paciente com câncer que tem problemas sexuais. Ele pode se sentir receoso em tocar a pessoa, com medo de feri-la.
Algumas pessoas acreditam erroneamente que podem contrair câncer através de contato sexual.
Seu parceiro também pode perder o desejo como resultado direto das transformações que vêm acontecendo com você. Ele pode também se sentir rejeitado caso não perceba que a redução de seu apetite sexual se deve apenas à doença e aos efeitos emocionais que ela causa.
Você precisa também estar ciente de que a vida sexual de seu parceiro não pode parar. Às vezes, pode até mesmo aumentar, principalmente se o sexo ajudá-lo em momentos de estresse. Por isso, é importante falar abertamente com seu parceiro sobre formas de, juntos, buscarem a auto-estimulação como forma de reduzir a frustração causada pela redução da freqüência sexual. Essa pode não ser a solução ideal, mas pode ser uma maneira útil de ambos verem respeitadas suas necessidades e limitações, ao perceberem que esse descompasso é real, aceitável, mas também temporário.A intimidade do casal pode ser estimulada por meio de livros, fotos e vídeos eróticos, que podem ser facilmente encontrados em livrarias e até mesmo na Internet.
Começar de novo Recomeçar, demonstrando interesse em outras formas de obter prazer, pode ser importante para qualquer um que tenha tido uma ruptura no contato sexual. Ao reconstruir sua intimidade, você pode ter de recomeçar de forma muito lenta e delicada.
Tente, cuidadosamente, alternativas que não tenham a obrigação de orgasmos ou mesmo de penetrações. Lembre-se que existem várias atividades amorosas e eróticas além do ato sexual em si.
Antes e até mesmo enquanto sua terapia medicamentosa estiver em curso, você pode manter o amor aceso e estar próximo de seu parceiro aprendendo técnicas de massagem. Algumas pessoas podem até descobrir que não sentem falta do contato sexual e que a falta temporária de sexo não significa necessariamente um problema.
A auto-estima sexual somente é construída com base em uma relação verdadeira entre o casal. Somos livres para fazer escolhas sobre como expressamos nossos sentimentos, sobre como conduzimos nosso comportamento sexual e também como queremos compartilhar nossas escolhas com os outros.
Uma coisa é certa: após receber o diagnóstico do câncer, a pessoa nunca mais será a mesma. A forma como enxerga a vida, suas relações com o trabalho, amigos e família vão mudar consideravelmente. Manter todas essas mudanças sob controle pode ser muito difícil, mas você pode usar essa adversidade para construir novas formas de se relacionar.
Muitas pessoas contam que após a descoberta do câncer se tornaram mais abertas e francas com seus parceiros: passaram a expor sem amarras as várias formas como desejam viver sua sexualidade, começaram a ser mais realistas em relação à vida, aproveitando para vivenciar tudo aquilo que sempre sonharam fazer.
A idéia de recomeçar a vida normal significa repensar totalmente a sua vida sexual. Talvez isso não seja mesmo fácil. Se você descobrir que as coisas não estão indo tão bem como gostaria, não hesite em procurar ajuda de um especialista, como psicólogos, psicanalistas ou psiquiatras, o mais rapidamente possível: não adie a decisão de retomar o controle sobre sua vida e sua felicidade!

O site é http://www.abrale.org.br/apoio_paciente/cancer_sexualidade/index.php

13 comentários:

Anónimo disse...

......
Aninhas!
Felicito-te por teres tido coragem de procurar(?) este bom trabalho,e que é tão directo e dá tantas saídas para resolverem os vossos problemas intímos. É o que eu penso, fazer amor, tem de ser resolvido em casal, e o casal é que tem de encontrar soluções, sem tabus e sem limites. Mas também há situações que se resolvem com carinhos doces o jogo de palavras.
è também um exercício de espiritualidade, nisto a meditação em casal dá muito resultado....
Têm de ser optimistas, em principio,têm um problema transitório, a situação vai resolver-se, e voçês vão-se agarrar a isso.
Tantas mulheres que já se
desesperaram... olhem aquela cantora a Kylie Minogue, a Simone de Oliveira e tantas outras que eu conheço, que estão todas fresquinhas e com namorados, etc.
Bem deixa-me ir á vida.... laura

Anónimo disse...

ANIXINHA,antes de mais desejo-lhe uma óptima semana assim como a todos/as k a lêem obrigada por mais essa informação tão importante e k evitamos abordar.beijo grande

Platero disse...

Ana

Passei a ser uma visita mais assidua deste blogue, e apesar do bicho que me atacou ser de tipo diferente, não deixa de ter alguns efeitos também a este nivel, embora aí seja mais o medo de infecções oportunistas.

Depois desta paulada em Dezembro, conheci uma mãe que teve o mesmo problema que vocês e cuja filha de 30 anos estava a passar pelo mesmo filme de terror, e que tentei apoiar ao máximo e dar-lhe força para aguentar a fase de quimio, acho que lhe vou recomendar a visita a esta página para ter uma visão um pouco mais tranquila do pós quimio.

Um abraço

Anónimo disse...

.....
Pois é......
Ninguém tem coragem de tomar este assunto com garra...
Ès uma mulher especial.....
Acho este assunto primordial na vida de todos nós.
Ninguém é perfeito, e claro com todos os tabús que este tema teve na nossa educação é verdade que nos tolhe as nossas necessidades de trocarmos impressões sobre um tema que afinal nos é quase vital e de harmonia na nossa vida de casal.
Contínuo a dizer-vos que o diálogo aberto e o hábito de meditação em casal podem fazer milagres.

Se alguma das nossas meninas precisar de desabafar comigo, eu tentarei aliviar-vos.
Laura.vitor@yahoo.com.br
bejs.laura

Nome : Graça disse...

Anixinha, focaste um assunto que eu acho crucial para quem sofre desta doença maldita.
Não posso falar por experiência propria, mas o futuro a Deus pertence, e apesar de ainda ser um assunto dificil de abordar para muitas mulheres,é fundamental que se fale sobre ele.Parabens pela tua coragem.
bjs Graça

Anónimo disse...

......
Aninhas, vou servir-me do teu blog para me lamentar do seguinte: Não consigo ler o blog da Aida Guimarães, não sei o que se passa.
Se a Aida quizer falar comigo, que se sirva do meu e´mail. Consegui ler só um bocadinho da informação que ela deu hoje.... e também não abre os coments.
Para ti e os teus muitos beijinhos.
laura

Anónimo disse...

......
Bom dia Aninhas!
Felizmente hoje já consegui ver o blog da Aida, não sei o que deu aqui na maquineta......
Então novidades?
Eu ontem tirei 4 dentes.... estavam a abanar.... e a médica tirou-mos, mas já tenho "novos" isto é uma beleza... se tudo fosse assim......
Por aqui está muito calor, e já se nota mais gente na praia. O pior da Póvoa é o vento, mas Póvoa é assim....
Vai falando, para a gente saber tudo.....
bjs. laura

Anónimo disse...

Também eu estou na Póvoa, mesmo em frente ao mar. Ida de Lisboa. Uma opção. Também eu embirro com o vento. "Sem o vento, a Póvoa não seria Póvoa", dizem-me os de cá.

Anixinha,

Encontrei-a ontem no blogue de Platero. Hoje, que soube, pensei em si como uma das "Magníficas" em luta contra o cancro.

Procurei-a. Excelente, este artigo. Excelente iniciativa publicá-lo no seu blogue. Infelizmente, os problemas nele abordados não são, porém, exclusivos da doença oncológica. Compreendo que, dadas a agressividade dos tratamentos e, por vezes, o facto de a doença impor alterações físicas - não só fisiológicas - do "corpo" de um dos elementos do casal - seja qual for o tipo de casal -, o artigo seja, obviametne, extremamente importante para os doentes oncológicos.
Vivemos numa era em que nos impõem continuamente a ideia de que não haverá amor se não houver beleza física. Felizmente, na prática, verifica-se que isso é um estereótipo absurdo.
Importante acima de tudo é, e estou a repetir o que já foi dito, o relacionamento do casal. Se houver verdadeiro afecto, não haverá tabus entre os seus elementos. Não pode haver reservas, silêncios. Coisa que se aplica a todos os aspectos do relacionamento, não apenas à relação sexual.

O que eu queria dizer especialmente é que o mesmo se aplica no caso de qualquer outra doença e até de consumo de medicamentos considerados inofensivos, nesse aspecto. Os antidepressivos, de que os Portugueses fazem um uso quase abusivo, acho eu, podem ter efeitos sobre a líbido, tal como um tratamento para a doença oncológica. Do mesmo modo, uma "simples" depressão, ou qualquer outra doença ou mal-estar físico ou psicológico. O importante é não nos deixarmos dominar pelo mito da necessidade do orgasmo, da necessidade de afirmação de virilidade e feminilidade, e deles fazermos depender a nossa felicidade ou infelicidade. Acho que o ser humano é muito mais do que tudo isso, que, não ignorando a bondade de uma relação completa, uma boa relação não pode depender só do aspecto sexual: ela comporta aspectos que se sobrepõem a todas essas falhas dos organismos.
Incrível o que há de maravilhoso na mão que aperta a nossa, ou no sorriso do olhar que nos afirma que não estamos sós no momento em que tudo parece ruir à nossa volta. Tão libertador de tensões, tão maravilhoso como qualquer orgasmo.
Incrível, também, o sofrimento causado pelos mitos sexuais. Creio que, neste caso, são mais "infelizes" os homens, sobre quem a tal noção de necessidade de afirmação de virilidade tem, muitas vezes, um efeito absolutamente castrador - com repercussões tão destrutivas sobrea relação como um possível tratamento oncológico!

Mais uma vez: excelente artigo, sobretudo pelo modo como aborda sem reticências pormenores que a nossa "civilização" considera mais do que íntimos, "vergonhosos".
Também fui educada por uma cartilha rigorosa de tabus, de silêncioa. Mas também sempre tive a tal mão, o tal olhar...

Sei que escuso de lhe desejar força para enfrentar a doença: sei que a tem. Inclusive para dar.

Abraço,
Alicia

Anónimo disse...

Querida amiga,
Concordo com a Alícia!!! E tudo o que disse sobre o artigo!

Nós sabemos, que cada pessoa encara a doênça, e as suas limitações de maneira diferente.
Tudo é superado com amor, ternura e compreenção.
Este artigo é muito bom.

Beijinhos

Anónimo disse...

Querida amiga,
Concordo com a Alícia!!! E tudo o que disse sobre o artigo!

Nós sabemos, que cada pessoa encara a doênça, e as suas limitações de maneira diferente.
Tudo é superado com amor, ternura e compreenção.
Este artigo é muito bom.

Beijinhos

Cristina J. disse...

Olá Anixinha, como tens passado?

Espero que melhor para aproveitares este sol magnifico e retemperares forças.

Quanto ao tema que abordas, só posso dizer uma coisa: quem não vos ajuda a ultrapassar estas situações de uma brutidade psicológica (mais ainda que fisiológica, penso eu), não é digno de estar ao vosso lado.
Já ouvi documentários sobre isto, e fiquei enojada com a humilhação a que muitas mulheres, que davam o seu testemunho, tinham sido sujeitas.

"...Na saúde e na doença,
na alegria e na tristeza"...
É esta uma parte do nosso compromisso, não é?

Bjos para ti

Anixinh@ disse...

Ola meninas e menino (Platero) fico feliz por terem gostado deste artigo , embora este assunto seja um pouco delicado , eu achei que devia ser debatido ,
Concordo plenamente com voces , se a pessoa que esta a nosso lado não nos respeitar , mais vale não estar , numa relação deve haver dialogo , respeito e mto amor , só assim o casal poderá lutar juntos para alcansarem os seus objectivos.
Obrigada Laura, Alicia , Graça,Cristina j e Platero por terem partilhado a vossa opinião .

E agora mudando de assunto , Mimas que pena que eu tive de não nos termos encontrado desta vez , eu bem fui varias vezes ao establecimento comercial varias vezes mas nada, espero que tenhas tido um optimo fim semana , e pode ser que pra proxima a gente se veja.
Bem eu sinto me bem esta semana , o bom tempo tem ajudado sim a recuperar forças , porque pra semana lá vou eu novamente .
Beijinhos grandes pra todos com muito carinho

Anónimo disse...

Que conselhos dao para q n tem uma relação estavel nem pode ter por deficiencia fisica? beijos